domingo, 17 de outubro de 2010

Evolução da expressão plástica segundo Lowenfeld

Segundo Lowenfeld, durante o seu crescimento a criança passa por diferentes etapas.
Nesta primeira fase abordarei nas fases que incidem sobre a primeira e segunda infância.
Assim, segundo o autor as fases do desenho infantil são:

Garatuja (dos dois aos quatro anos)

- Desordenada
- Controlada
- Com nome/nomeada

Pré esquemática. Representação intencional (dos quatro aos sete anos)

Realismo. Realismo Visual (dos nove aos onze anos)

Pseudo realista (dos onze aos catorze anos)


Garatuja desordenada

A criança começa a expressar-se graficamente, realizando as suas garatujas até aos 18 meses.
Estes primeiros desenhos não têm sentido e são desordenados, pois as crianças não conseguem os seus movimentos: Inclusivamente ao desenhar pode estar a olhar para outro sítio enquanto desenha;
Normalmente usa o braço todo, por isso considera-se que nesta fase o importante é a actividade motora. Não demonstra preferência pelas cores.




Leonor 18 meses



Garatuja controlada

Aos poucos, a criança controla os seus movimentos e descobre a relação entre os movimentos e os traços do papel, Normalmente preenche páginas inteiras. Muda as cores ao desenhar.
Garatuja com nome

Nesta fase a criança “descobre” que os seus desenhos fazem sentido começando por isso a dar-lhes um nome.
As cores usadas nos desenhos não têm relação com o objecto ou com a realidade, podem por exemplo pintar uma árvore de vermelho.

Rodrigo 30 meses

Pré-Esquemática

Aos quatro anos a criança começa a elaborar esquemas nos seus desenhos, encontrando-se no primeiro nível de representação. A figura humana é o primeiro que consegue representar no papel, dando mais importância à cabeça. A criança desenha a cabeça nestas dimensões pois é o elemento que já interiorizou no esquema corporal e ao que dá maior importância.
Representa a cabeça mediante um círculo e inclui mais ou menos pormenores conforme a sua experiência perceptiva.
Mediante o grau de maturidade da criança a figura humana pode surgir sem braços e sem pernas, no entanto também surgem desenhos que revelam alguns pormenore, tais como, mãos e dedos.
Nesta idade a criança distribui o espaço de forma anárquica, assim representa as pessoas, objectos, etc., de tamanhos diferentes consoante a sua importância.
Escolhe as cores de forma aleatória, o facto de usá-las pressupõe uma experiência maravilhosa.
Estas etapas são um reflexo do processo de desenvolvimento, que é contínuo mas não é uniforme.
Por volta dos 5/6 anos os desenhos baseiam-se parecem um “guião” tendo começo, meio e fim.
A figura humana aparece com roupas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas dos seus desenhos variam e o facto de não terem nada a ver com a vida da criança são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.

Catarina 5 anos

Referências Bibliográficas:
GUTIÉRREZ;D; ROCÍO,B; HERNÁN,L; Educación Infantil II, Madrid, 1997, Mac Graw Hill

2 comentários:

  1. Os desenhos do Lourenço? Bem gostava de publicar alguns...
    Beijinhos e obrigada pela visita
    Sara

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  2. Sara, este teu blog está no meu ver bem elaborado.Todo o conteúdo é interessante para a nossa pratica pedagógica.Com este artigo podemos comparar de um modo simples os desenhos das crianças com a teoria de LOWENFELD e ficar a conhecer este autor. Parabéns e obrigada por esta partilha de informações.

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